O governo brasileiro protocolou no dia 2 de setembro o pedido oficial para ingressar como membro pleno da Agência Internacional de Energia (IEA). Até então, o país ocupava apenas a posição de associado. A solicitação representa um movimento estratégico para ampliar a participação do Brasil nas discussões globais sobre segurança energética, transição para fontes renováveis e governança internacional do setor.
O diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, recebeu positivamente a solicitação e destacou a relevância crescente do Brasil no mercado mundial de energia, especialmente após o país registrar recordes de produção de petróleo e gás em julho de 2025.
Com o novo status, o Brasil busca não apenas maior influência nas decisões da agência, mas também acesso a informações técnicas, cooperação em pesquisas e maior integração em políticas internacionais de energia.
A adesão plena, no entanto, ainda depende de trâmites internos da IEA e da aprovação dos países membros. Caso seja confirmada, o Brasil passará a integrar um seleto grupo de nações que ditam os rumos da política energética global.
Especialistas avaliam que o movimento é também uma forma de equilibrar o protagonismo brasileiro entre duas agendas: a de maior exportador de petróleo da América Latina e a de país com enorme potencial para energias renováveis, como solar, eólica e biocombustíveis.
FONTE: reuters.com