A economia brasileira apresentou um crescimento de apenas 0,3% no segundo trimestre de 2025, segundo projeções de economistas consultados pela Reuters. O resultado representa uma forte desaceleração em relação ao 1,4% registrado no trimestre anterior, quando a safra agrícola recorde e o consumo das famílias impulsionaram a atividade.
Os principais fatores para a perda de fôlego foram a queda na produção agrícola, a estagnação da indústria e o impacto dos juros elevados, que limitam o crédito e o investimento privado.
Mesmo com a desaceleração, a expectativa para o acumulado do ano ainda é de um crescimento de 2,2%, abaixo dos 2,9% projetados no início de 2025. Contudo, analistas alertam que o cenário para o segundo semestre inspira cautela. “Se não houver medidas de estímulo à produção e ao consumo, há risco de crescimento zero ou até mesmo retração no segundo semestre”, avaliou o economista Marcelo Carvalho, da consultoria XYZ.
O resultado coloca pressão adicional sobre o governo federal, que busca equilibrar a necessidade de estimular a economia com a manutenção do ajuste fiscal. Além disso, reforça os desafios do Banco Central, que mantém a taxa Selic em 15% ao ano para tentar conter a inflação, mas acaba travando parte do dinamismo econômico.
O desempenho fraco reacende debates sobre a sustentabilidade do crescimento no país, especialmente diante de um ambiente de incerteza fiscal e da lentidão nas reformas estruturais.
FONTE: reuterrs.com