O Brasil consolidou-se como líder na produção de energia eólica nas Américas, ao lado de Estados Unidos e México, de acordo com dados divulgados por instituições do setor energético internacional. O país é responsável por uma parte significativa dos 25% da capacidade global instalada no continente, com destaque absoluto para a região Nordeste.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o Brasil já ultrapassou a marca de 30 gigawatts (GW) de capacidade instalada, e os ventos seguem favoráveis: cerca de 85% da produção nacional está concentrada no Nordeste, onde os ventos constantes e regulares garantem alta eficiência na geração elétrica.
O avanço da energia eólica é apontado como peça-chave para a transição energética brasileira, contribuindo para a diversificação da matriz elétrica, a redução das emissões de gases de efeito estufa e o fortalecimento da segurança energética nacional.
Além dos ganhos ambientais, o setor tem gerado impactos econômicos relevantes: nos últimos cinco anos, mais de 400 mil empregos diretos e indiretos foram criados na cadeia produtiva da energia eólica, envolvendo desde a fabricação de turbinas até a manutenção de parques eólicos em operação.
O Ministério de Minas e Energia afirma que novos leilões de energia devem ampliar ainda mais o papel do Brasil como potência eólica mundial, com foco também em projetos híbridos que combinam energia solar e eólica.
Para analistas, o país vive um momento estratégico. “A energia eólica tornou-se uma vantagem competitiva do Brasil no cenário global. O desafio agora é integrar essa produção com inovação tecnológica e políticas de armazenamento e distribuição”, afirma a pesquisadora Carla Ribeiro, da UFRJ.
FONTE: correiodopovo.com.b