O governo federal anunciou, nesta segunda-feira (25), que os alimentos brasileiros barrados nos Estados Unidos devido ao novo pacote tarifário implementado pelo ex-presidente Donald Trump serão redirecionados para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A medida tem como objetivo evitar desperdício e, ao mesmo tempo, reforçar a merenda escolar em escolas públicas de todo o país.
Entre os produtos que serão aproveitados estão soja, milho, suco de laranja e carnes, itens tradicionalmente exportados pelo Brasil que, agora, enfrentarão restrições no mercado norte-americano. Com a mudança de destino, as redes municipais e estaduais de ensino poderão adquirir esses alimentos a preços mais acessíveis, por meio de chamadas públicas organizadas pelas secretarias de educação.
A decisão foi articulada entre os Ministérios da Educação, Agricultura e Desenvolvimento Agrário, com apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Transformar uma barreira comercial em uma solução social é uma maneira inteligente de proteger o produtor nacional e atender as necessidades nutricionais dos nossos estudantes”, afirmou em nota o ministro da Agricultura.
O impacto da medida deve ser sentido principalmente em municípios de médio e pequeno porte, onde a merenda escolar é muitas vezes o principal reforço alimentar diário para milhares de crianças e adolescentes. Além disso, a compra desses produtos pode fortalecer a economia regional, ao estimular o escoamento da produção agrícola.
Especialistas avaliam que a ação contribui para mitigar os efeitos das tensões comerciais internacionais, ao mesmo tempo em que fortalece políticas públicas voltadas à segurança alimentar e à educação. A expectativa é de que os primeiros lotes desses alimentos comecem a ser distribuídos ainda em setembro.
FONTE: noticiasaominuto.com.br