Economia brasileira desacelera e confirma estratégia do Banco Central

A economia brasileira começa a dar sinais mais claros de desaceleração, movimento interpretado por analistas como resultado direto da política monetária mais rígida adotada pelo Banco Central. Após sucessivos aumentos da taxa básica de juros, que atualmente está em 15% ao ano, a atividade econômica perde fôlego, mas em um ritmo considerado saudável para conter a inflação.

De acordo com especialistas, o país vive um processo de “desinflação”, ou seja, uma queda gradual no ritmo de alta dos preços. A medida, embora traga impacto imediato sobre o consumo e os investimentos produtivos, é vista como necessária para estabilizar a economia no médio prazo. “A desaceleração já era esperada e indica que a política do Banco Central está funcionando. O desafio agora é equilibrar o controle da inflação com a manutenção do crescimento”, avalia uma economista consultada pela reportagem.

Setores como o varejo e a indústria já sentem o arrefecimento da demanda, enquanto o agronegócio continua sustentando índices positivos, atenuando a perda de dinamismo em outras áreas. Ainda assim, o mercado financeiro acompanha de perto os próximos indicadores de emprego e produção, que devem confirmar a intensidade da desaceleração.

A expectativa é que o país encerre 2025 com crescimento moderado, mas em condições mais estáveis, o que pode abrir espaço para cortes graduais na taxa de juros a partir do próximo ano. Para investidores e consumidores, a mensagem é clara: o Brasil entra em uma fase de crescimento mais contido, porém mais equilibrado, em busca de estabilidade para consolidar avanços futuros.

FONTE: economia.uol.com