Um novo movimento no cenário econômico internacional começa a ganhar forma: os mercados emergentes expostos à inteligência artificial estão superando, em desempenho, até mesmo as gigantes do setor tecnológico mundial. Relatórios de analistas do Citigroup indicam que empresas como TSMC, Tencent, Alibaba, Samsung, SK Hynix e Xiaomi se consolidaram como protagonistas em 2025, registrando resultados mais expressivos do que as chamadas Magnificent Seven — grupo que reúne nomes como Apple, Amazon, Microsoft e Alphabet.
A tendência, segundo especialistas, não é passageira. Estimativas apontam que o ciclo de valorização e expansão da IA nesses países pode se estender por 10 a 20 anos, alterando profundamente a dinâmica da economia global. O fenômeno é explicado pelo peso da produção de semicondutores, serviços digitais e plataformas móveis nos países asiáticos, aliados à rápida adoção de novas tecnologias em suas sociedades.
O impacto vai além das bolsas de valores. Governos e empresas locais estão apostando pesado em políticas de incentivo, centros de pesquisa e inovação tecnológica. Essa estratégia coloca os emergentes não apenas como usuários, mas como desenvolvedores e exportadores de soluções em IA, abrindo espaço para que disputem liderança com os tradicionais polos do Vale do Silício e da Europa.
Economistas observam que a transição pode redefinir os fluxos de investimento global. “A inteligência artificial está deslocando o eixo de inovação. O que antes era concentrado em poucas empresas ocidentais agora se pulveriza em ecossistemas emergentes altamente competitivos”, avalia um analista de mercado internacional.
Se confirmado o prognóstico, o mundo deve assistir a uma nova era da economia digital, em que mercados emergentes não apenas acompanham, mas ditam o ritmo das transformações tecnológicas.
FONTE: business-standard.com