O segundo trimestre de 2025 trouxe números menos favoráveis para o Banco do Brasil, uma das maiores instituições financeiras do país. O lucro líquido da estatal caiu em comparação ao mesmo período do ano anterior, movimento que acendeu o alerta em Brasília.
Dentro do governo Lula, a leitura predominante é de que o resultado reflete diretamente os impactos da chamada “pauta-bomba” do Congresso Nacional — um conjunto de medidas aprovadas pelos parlamentares que aumenta despesas e reduz receitas, pressionando o caixa da União e, por consequência, as estatais.
Apesar da queda no lucro, a presidente do banco, Tarciana Medeiros, segue com avaliação positiva no Palácio do Planalto. Considerada peça-chave para a política econômica do governo, ela tem defendido estratégias de fortalecimento da instituição em meio ao cenário adverso, com foco na expansão do crédito e na digitalização dos serviços.
Economistas ouvidos pela reportagem destacam que o desempenho do Banco do Brasil é um termômetro importante da conjuntura nacional. “Quando o BB tem retração no lucro, isso sinaliza dificuldades mais amplas no sistema econômico. A relação entre política e mercado, neste caso, fica ainda mais evidente”, avalia um analista do setor bancário.
Enquanto o Congresso e o Executivo trocam acusações, investidores e clientes acompanham com atenção os desdobramentos. Para os próximos meses, o desafio será encontrar equilíbrio entre as pressões políticas e a necessidade de manter o banco competitivo em um ambiente marcado por juros elevados, instabilidade fiscal e desaceleração do crédito.
FONTE: noticiasaominuto.com.br