As tensões internacionais seguem marcando o ritmo da economia mundial, mas, apesar do ambiente instável, o setor de tecnologia tem sustentado o otimismo nos mercados. A recente reunião entre o presidente norte-americano Donald Trump e o líder russo Vladimir Putin, realizada no Alasca, acendeu alertas geopolíticos em todo o planeta. O encontro, envolto em incertezas sobre acordos e disputas estratégicas, reforçou a sensação de volatilidade.
Ainda assim, os principais índices globais têm mostrado resiliência. Isso porque os resultados corporativos das big techs superaram as expectativas, impulsionando o apetite dos investidores por ativos de risco. Empresas ligadas à inteligência artificial e semicondutores seguem como protagonistas, atraindo bilhões em aportes mesmo diante do cenário de instabilidade.
Outro fator que influencia o humor do mercado é a postura da China, que vem ampliando restrições à exportação de terras raras — insumos essenciais para a produção de chips e equipamentos de ponta. A medida tem impacto direto sobre a cadeia global de tecnologia, elevando preocupações em países que dependem desses materiais para sustentar sua indústria digital.
Apesar da pressão política e das disputas comerciais, analistas enxergam no setor de tecnologia um espaço de crescimento contínuo, capaz de atravessar períodos de turbulência com relativa solidez. “Os investidores estão atentos aos riscos, mas a força dos balanços das grandes empresas de tecnologia transmite confiança”, destacou um economista em entrevista a veículos internacionais.
O cenário, no entanto, permanece delicado. Enquanto a geopolítica dita o compasso da incerteza, é a capacidade de inovação e a robustez financeira das gigantes do setor que continuam garantindo uma base de otimismo para os próximos meses.
FONTE: ft.com