O agronegócio brasileiro, um dos pilares da economia nacional, tem recorrido cada vez mais à inovação tecnológica como resposta direta aos efeitos da crise climática. Empresas e startups conhecidas como agtechs vêm desenvolvendo soluções que vão do monitoramento ambiental por sensores e robôs até a utilização de bioinsumos para preservar a fertilidade do solo.
Hoje, o Brasil já conta com quase duas mil agtechs em operação, um crescimento de 75% em apenas cinco anos, segundo dados do setor. Essas empresas vêm transformando o campo em um ambiente de alta tecnologia, onde drones, softwares de análise climática e plataformas de inteligência artificial ajudam a prever secas, enchentes e outras ameaças ambientais.
Entre as inovações em destaque estão os robôs movidos a energia solar, capazes de vigiar grandes áreas de lavoura sem emissão de carbono, e os sistemas digitais que utilizam big data para antecipar fenômenos extremos, permitindo que produtores ajustem o manejo de forma preventiva.
Para especialistas, essas iniciativas consolidam o agro brasileiro não apenas como parte do problema das mudanças climáticas, mas como parte da solução global. “O uso de tecnologia limpa no campo brasileiro mostra que é possível produzir mais, com menos impacto ambiental”, avalia um pesquisador da Embrapa.
O setor também tem investido em práticas de economia circular, reaproveitando resíduos para geração de biogás e reduzindo a dependência de insumos químicos. Essa combinação de inovação e sustentabilidade coloca o Brasil em posição de destaque no cenário internacional, especialmente em um momento em que a agenda climática é prioridade nos grandes fóruns econômicos.
Com a pressão crescente por responsabilidade ambiental, o agro nacional busca se reinventar: mais do que alimentar o mundo, o desafio agora é provar que pode fazê-lo de maneira sustentável e tecnologicamente avançada.
FONTE: cnnbraasil.com.br