O governo federal lançou, nesta quarta-feira (13), um pacote emergencial de R$ 30 bilhões em linhas de crédito voltadas a empresas brasileiras afetadas pelo aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos a diversos produtos nacionais. A medida, articulada pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), busca preservar a competitividade dos exportadores e mitigar perdas no comércio bilateral.
O plano prevê a realocação de recursos do próprio BNDES e de outros fundos federais para a concessão de empréstimos com juros reduzidos e prazos estendidos, além de condições especiais para empresas que se comprometerem a manter empregos e cadeias produtivas ativas. Também estão previstas operações diretas de compra governamental de determinados produtos como forma de aliviar estoques e garantir fluxo de caixa imediato para os setores mais atingidos.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pacote é uma resposta rápida a um cenário que ameaça setores estratégicos da economia brasileira, como o agronegócio, a indústria de manufaturados e a siderurgia. “Estamos atuando para proteger a nossa produção e evitar uma queda abrupta nas exportações, que geraria efeitos em cascata sobre a economia e o emprego”, afirmou.
As novas tarifas norte-americanas, que chegam a 50% para determinados itens, foram justificadas por Washington como medida de proteção a indústrias domésticas, mas têm sido criticadas por parceiros comerciais e entidades empresariais brasileiras.
Economistas avaliam que, embora o pacote emergencial possa amortecer os impactos de curto prazo, ele não substitui a necessidade de negociações diplomáticas e acordos comerciais que restabeleçam condições mais equilibradas para o comércio exterior brasileiro.
FONTE: reuters.com