O Banco Central do Brasil reiterou, em comunicado divulgado nesta semana, seu compromisso com a manutenção de uma política monetária rigorosa, mesmo diante das pressões externas provocadas pelas novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
Segundo a instituição, embora os impactos do chamado “tarifaço” sobre a economia nacional ainda sejam incertos, é essencial preservar a credibilidade da política monetária e manter as expectativas de inflação ancoradas. A meta oficial é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
O BC reforçou que continuará adotando uma postura estritamente contracionista, combinando juros elevados e comunicação clara ao mercado para evitar desancoragem das projeções inflacionárias. Atualmente, a taxa Selic está fixada em 15% ao ano, patamar considerado elevado, mas que, segundo a autoridade monetária, é necessário para assegurar a convergência dos preços à meta.
A nota técnica destaca que choques externos, como mudanças no comércio internacional e oscilações cambiais, exigem cautela na condução da política monetária. “Nosso objetivo é proteger a economia brasileira de efeitos persistentes que possam comprometer a estabilidade de preços”, afirmou a instituição.
O posicionamento do BC ocorre em meio a pressões do setor produtivo e do próprio governo federal por cortes antecipados nos juros, diante da desaceleração da inflação e da preocupação com o ritmo de crescimento econômico.
FONTE: reuters.com