O agronegócio brasileiro registrou novo recorde nas exportações de soja em julho de 2025. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, o país embarcou 10,44 milhões de toneladas do grão, consolidando uma média diária 12,4% superior à registrada no mesmo mês do ano passado.
O bom desempenho é atribuído a dois fatores centrais: a valorização do dólar frente ao real, que aumenta a competitividade do produto brasileiro no exterior, e a demanda global aquecida, especialmente por parte da China e de países do Sudeste Asiático, que buscam reforçar seus estoques diante de incertezas no mercado internacional.
Analistas do setor destacam que, apesar das tensões comerciais com os Estados Unidos, o Brasil tem mantido posições sólidas como principal exportador global de soja, graças à estabilidade na produção e à logística eficiente nos principais portos do país, como Santos (SP), Paranaguá (PR) e Itaqui (MA).
“A soja brasileira continua competitiva, e o câmbio mais favorável impulsionou as negociações de curto prazo com grandes importadores”, afirmou o consultor de mercado Paulo Molinari, da Safras & Mercado. Ele também ressalta que os contratos futuros seguem valorizados, o que pode estimular novos volumes em agosto.
Com esse desempenho, o setor espera fechar 2025 com exportações superiores a 100 milhões de toneladas, o que representaria novo recorde anual. Os estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul seguem como os maiores produtores e exportadores.
O agronegócio, especialmente a soja, segue como pilar central da balança comercial brasileira, respondendo por parcela significativa do superávit nas contas externas e sustentando parte do crescimento econômico mesmo em meio a tensões políticas e barreiras comerciais externas.
FONTE: avisite.com.br