A assinatura de um acordo de cooperação em inteligência artificial entre a União Europeia e o Japão nesta semana está movimentando o cenário geopolítico da tecnologia e acirrando os debates sobre a criação de padrões globais para o uso ético e seguro da IA.
O pacto prevê o compartilhamento de dados, interoperabilidade de sistemas e troca de boas práticas em segurança digital, algoritmos auditáveis e neutralidade tecnológica. O objetivo comum é promover um desenvolvimento responsável da IA, com foco na proteção de direitos humanos, transparência e cibersegurança, em contraste com modelos mais permissivos adotados por outras potências globais.
A empresa japonesa NTT Data, uma das articuladoras do setor privado envolvidas no processo, afirmou que o acordo “marca um passo histórico para estabelecer uma infraestrutura digital confiável, capaz de unir princípios tecnológicos e democráticos”.
Especialistas avaliam que a parceria pode funcionar como um modelo regulatório alternativo às abordagens dos Estados Unidos e da China, e contribuir para a construção de um arcabouço internacional unificado, que garanta padrões mínimos de controle e governança em tecnologias emergentes.
O movimento também pressiona organizações multilaterais, como a ONU e o G20, a atuarem de forma mais incisiva na definição de marcos legais e éticos para a inteligência artificial. Ao mesmo tempo, o Brasil e outros países latino-americanos acompanham de perto os desdobramentos, buscando posicionar-se como aliados estratégicos na formulação dessas diretrizes globais.
FONTE: capacitymedia.com