Dólar Cai e Ibovespa Sobe em Meio a Alívio nas Tensões Comerciais com os EUA

EconomiaYesterday

O mercado financeiro brasileiro iniciou a semana em clima de maior otimismo. Nesta segunda-feira, o dólar comercial registrou queda de 0,41%, encerrando o dia cotado a R$ 5,56, enquanto o principal índice da B3, o Ibovespa, avançou 0,6%, impulsionado pela valorização de ações dos setores financeiro e de commodities.

O movimento positivo ocorreu em meio a sinais de distensionamento na disputa tarifária entre Brasil e Estados Unidos, após declarações de autoridades brasileiras indicando a busca por uma solução negociada. O ministro da Economia, Fernando Haddad, reiterou que o Brasil não cogita medidas unilaterais de retaliação e que pretende recorrer ao diálogo diplomático para mitigar os efeitos das tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros, especialmente do agronegócio e da indústria de base.

As bolsas globais também operaram em alta, refletindo um ambiente de menor aversão ao risco. Em São Paulo, papéis de empresas como Petrobras, Vale, Itaú e Bradesco lideraram os ganhos, contribuindo para o desempenho do Ibovespa, que retomou o patamar dos 130 mil pontos após uma semana de instabilidade.

Para analistas do mercado, o cenário ainda exige cautela, mas o tom mais conciliador adotado por Brasília contribui para amenizar pressões cambiais e trazer alguma previsibilidade para o investidor. “O mercado se acalma quando há sinais claros de articulação e estratégia. Ainda há incertezas, mas o risco imediato de escalada comercial parece ter diminuído”, avaliou Roberto Lira, economista-chefe da ValorInvest.

O recuo do dólar também traz alívio para setores ligados à importação, transporte e produção com insumos estrangeiros, além de reduzir pressões inflacionárias em médio prazo. No entanto, a taxa de câmbio ainda permanece elevada em comparação ao início do ano, refletindo o impacto acumulado das tensões externas e do ajuste fiscal doméstico.

O governo federal deve apresentar nas próximas semanas novas diretrizes para lidar com o impacto das tarifas e ampliar a proteção a setores produtivos estratégicos.

FONTE: agenciabrasil.com

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