A startup de design colaborativo Figma anunciou oficialmente nesta segunda-feira (21) que entrará com pedido de abertura de capital na bolsa Nasdaq, com uma avaliação estimada em US$ 13,7 bilhões. A notícia agitou o mercado financeiro e marca um novo momento de otimismo no setor tecnológico, que vinha enfrentando retração desde 2022.
Fundada em 2012, a Figma se destacou por oferecer ferramentas de design digital em nuvem que permitem colaboração em tempo real — um modelo que se popularizou em escala global durante a pandemia. A empresa é vista como referência no segmento de UX/UI, atraindo desde startups até grandes corporações.
O movimento de abertura de capital ocorre pouco mais de dois anos após o megaprocesso de fusão frustrada com a Adobe, vetada por órgãos reguladores da União Europeia e do Reino Unido em 2023 por motivos de concentração de mercado. Desde então, a Figma retomou sua estratégia de expansão independente e reforçou sua base de clientes, especialmente em setores como educação, e-commerce e tecnologia.
O IPO da Figma é considerado um dos mais aguardados do ano, sinalizando reaquecimento no mercado de ações de tecnologia, que vinha operando de forma cautelosa em função de juros elevados e instabilidades geopolíticas. Analistas apontam que o sucesso da oferta pode desencadear novas aberturas de capital de empresas do segmento SaaS (software como serviço) e de plataformas colaborativas.
A oferta pública inicial será coordenada pelos bancos Goldman Sachs, Morgan Stanley e JPMorgan, com estreia prevista para agosto, segundo fontes próximas ao processo.
FONTE: reuters.com