A menos de um mês da aplicação das provas do Encceja 2025 – Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos –, professores e especialistas em educação estão sugerindo métodos alternativos e mais leves para reforçar os estudos nesta reta final. Entre as estratégias recomendadas, destaca-se o uso de filmes, documentários e conteúdos filosóficos como ferramentas de apoio à revisão e à reflexão crítica.
A proposta tem ganhado força principalmente entre os educadores que atuam com alunos em situação de distanciamento escolar prolongado ou com histórico de dificuldade na aprendizagem. Segundo especialistas, o uso de recursos audiovisuais facilita a compreensão de temas complexos, estimula o pensamento crítico e ainda contribui para reduzir a ansiedade dos candidatos às vésperas da prova.
Entre os materiais indicados estão produções consagradas como Ilha das Flores (1989), que aborda desigualdade social e consumo; A História do Mundo em Duas Horas, ideal para revisar conteúdos de história e ciências; além de episódios de séries como Cosmos e O Mundo de Sofia, que introduzem filosofia, astronomia e cultura geral com linguagem acessível.
“A ideia não é substituir o estudo tradicional, mas torná-lo mais envolvente e conectado com a realidade dos alunos. Um documentário bem selecionado pode valer como uma aula completa”, explica a pedagoga e orientadora educacional Lívia Cunha, que atua com turmas preparatórias em centros de educação de jovens e adultos.
Além dos conteúdos audiovisuais, plataformas gratuitas como a TV Escola, YouTube Edu e podcasts educacionais estão sendo cada vez mais utilizados como complementos. Os educadores também sugerem que os candidatos dediquem tempo à leitura de textos opinativos e reflexivos, fundamentais para a prova de redação.
O Encceja 2025 será aplicado em 3 de agosto, com mais de 2 milhões de inscritos. O exame oferece certificação de conclusão do ensino fundamental e médio para jovens e adultos que não puderam concluir os estudos na idade regular.
Com uma abordagem mais humanizada e menos conteudista, o foco dos educadores neste momento é incentivar a confiança e a autoestima dos candidatos, ressaltando que conhecimento também se constrói fora das páginas dos livros – inclusive no cinema, na filosofia e na arte.
FONTE: brasilescola.com