O Paraná vive um avanço significativo na educação de pessoas privadas de liberdade. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (8) pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, o número de presos matriculados em instituições de ensino no estado quase triplicou desde 2018. Atualmente, são 9.556 estudantes, representando quase 24% da população carcerária total — estimada em 41.382 custodiados.
Entre os matriculados, 5.617 frequentam o ensino fundamental, 3.821 o ensino médio e 118 o ensino superior. Além disso, há 452 internos participando de cursos profissionalizantes e 77 em atividades de remição pela leitura.
O esforço é parte de uma política estadual para garantir o direito à educação e promover a ressocialização, com a meta ousada de erradicar o analfabetismo nas unidades prisionais até o fim de 2025. “O acesso ao ensino é um vetor essencial para reconstruir trajetórias e preparar o retorno à sociedade”, afirmou o secretário da pasta, Hudson Leôncio Teixeira.
No Núcleo Regional de Guarapuava, por exemplo, todos os reeducandos analfabetos foram alfabetizados. A unidade também registra casos de estudantes cursando o ensino superior, demonstrando a eficácia dos programas de acesso ao conhecimento, mesmo em ambientes de privação de liberdade.
A política conta com apoio da Secretaria de Educação do Paraná (Seed) e envolve parcerias com universidades e instituições públicas de ensino, que oferecem modalidades de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Ensino a Distância (EaD).
Além do impacto educacional, o programa também contribui para a redução da reincidência criminal, fator apontado por especialistas como crucial para a segurança pública de longo prazo.
FONTE: parana.pr.gov