O mercado financeiro brasileiro começou a semana com indicadores positivos, impulsionado por expectativas de crescimento interno e sinais de desaceleração da inflação. No entanto, analistas mantêm cautela diante de riscos externos que ainda pairam sobre o ambiente global.
Na última sessão, o dólar fechou em alta, enquanto o Ibovespa apresentou leve retração, após ter registrado máximas recentes nas semanas anteriores. O movimento foi interpretado por economistas como uma realização de lucros em meio a um momento de consolidação do mercado de capitais brasileiro.
O bom desempenho da economia nacional — com projeções atualizadas de crescimento do PIB para 2,23% em 2025 e inflação em queda — contribui para o otimismo interno. A expectativa é de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, o que tem garantido uma atratividade significativa ao capital estrangeiro de curto prazo.
Contudo, fatores internacionais continuam no radar de investidores e gestores de fundos. As tensões comerciais entre grandes economias, a volatilidade nas commodities e a incerteza sobre a política monetária dos Estados Unidos e da China são elementos que podem reverter o fluxo de capitais e impactar o câmbio e os ativos brasileiros.
“O cenário doméstico está sólido, mas seguimos expostos ao ambiente externo. Uma virada nos juros americanos ou uma desaceleração chinesa mais forte poderia reverter os ganhos recentes”, alerta Carla Louzada, economista-chefe de uma gestora em São Paulo.
O Ministério da Fazenda e o Banco Central acompanham os movimentos com atenção, avaliando que o equilíbrio entre confiança interna e prudência fiscal será fundamental para sustentar a estabilidade no segundo semestre.
FONTE: economia.uol.com