Guerra na Ucrânia Entra na Era da Inteligência Artificial com Uso de Drones Autônomos Letais

Tecnologia2 weeks ago

O conflito entre Rússia e Ucrânia atingiu um novo patamar tecnológico neste mês, com o uso crescente de drones autônomos dotados de inteligência artificial em operações de ataque e defesa. O avanço levanta sérias preocupações internacionais sobre os limites éticos e legais do uso de máquinas letais sem intervenção humana direta.

Relatórios de campo indicam que ambos os lados vêm empregando sistemas autônomos com capacidade de identificar, rastrear e atacar alvos militares sem comando imediato de operadores humanos. Entre os modelos em operação estão o Gogol-M, utilizado pelas forças ucranianas, e o V2U, adotado por tropas russas. Os veículos são equipados com sensores de visão computacional, aprendizado de máquina embarcado e sistemas de navegação avançada.

“Estamos diante de uma virada histórica no uso da tecnologia em conflitos. A autonomia desses sistemas torna o campo de batalha mais imprevisível e potencialmente mais perigoso”, alerta Frederic Delmas, analista do Centro de Estudos de Segurança Europeia.

Os drones são programados para atuar em áreas com alto risco de interferência eletrônica e são capazes de tomar decisões táticas de forma independente, baseadas em algoritmos de reconhecimento de padrões. Essa capacidade, embora aumente a eficiência operacional, reduz drasticamente a supervisão humana, ampliando os riscos de ataques equivocados a civis ou infraestruturas sensíveis.

O uso de IA em armamentos letais reacendeu o debate sobre a regulamentação internacional de armas autônomas, tema que vem sendo discutido na ONU há mais de uma década, mas sem avanços concretos. Organizações de direitos humanos têm intensificado os apelos por uma moratória global ao uso de “robôs assassinos”, como são popularmente chamados.

Enquanto isso, especialistas temem que o que está sendo testado hoje no leste europeu possa estabelecer um precedente perigoso para futuros conflitos em outras regiões do mundo.

FONTE: theguardian.com

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