A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a multinacional Motorola Solutions firmaram nesta segunda-feira (17) um acordo estratégico para o desenvolvimento de uma rede nacional de comunicação de emergência, voltada para atender situações de defesa civil, segurança pública e resposta a desastres naturais em todo o território brasileiro.
O sistema, classificado como “mission-critical”, será implantado de forma escalonada e utilizará tecnologias de última geração para garantir comunicação segura, ininterrupta e integrada entre diferentes órgãos e forças operacionais, como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Samu e Forças Armadas.
Segundo a Anatel, a iniciativa busca preencher lacunas históricas de comunicação em momentos críticos, especialmente em regiões remotas ou afetadas por eventos climáticos extremos, onde redes convencionais de telefonia e internet costumam falhar. O projeto contará com estações móveis, rádios digitais interoperáveis, criptografia de ponta e suporte a redes híbridas, incluindo LTE e 5G em áreas urbanas.
A parceria prevê a criação de centros de controle regionais e treinamento técnico de servidores públicos para operar a nova infraestrutura. “Trata-se de um marco para a resiliência operacional do país. Em tempos de emergência, segundos fazem diferença — e essa rede vai garantir que a informação certa chegue às pessoas certas, no momento certo”, afirmou Leonardo Euler de Morais, conselheiro da Anatel.
O contrato inclui ainda um plano de manutenção preventiva e atualizações tecnológicas por um período de cinco anos. A Motorola, que já fornece soluções similares para países como EUA, Reino Unido e Austrália, atuará como integradora e fornecedora de equipamentos certificados.
O lançamento do sistema-piloto está previsto para o segundo semestre de 2025, começando por estados com histórico de enchentes, queimadas e tragédias climáticas, como Rio Grande do Sul, Amazonas e Bahia.
A iniciativa também responde a recomendações do Plano Nacional de Segurança Pública e atende a diretrizes da Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber), que prevê a modernização das redes críticas brasileiras até 2030.
FONTE: Anatel