A tecnologia vestível e a inteligência artificial estão transformando a preparação física de atletas no Brasil, desde os centros de alto rendimento até clubes de base e academias. Sensores embutidos em dispositivos como relógios inteligentes, faixas torácicas e roupas esportivas estão sendo amplamente utilizados para monitorar dados em tempo real, como frequência cardíaca, gasto calórico, níveis de fadiga e qualidade do sono.
Esses dados são processados por sistemas de inteligência artificial (IA) que interpretam padrões fisiológicos e geram recomendações automatizadas para personalizar treinos, prevenir lesões e aprimorar o desempenho. A tecnologia também auxilia técnicos e preparadores físicos na tomada de decisões rápidas, especialmente em esportes de alta exigência física, como futebol, atletismo, natação e artes marciais.
No Brasil, clubes como Flamengo, Palmeiras e Atlético-PR já adotam plataformas integradas de análise biométrica para acompanhar o desempenho de seus atletas. Fora do cenário profissional, academias e programas de preparação física também incorporam soluções acessíveis, com aplicativos que se conectam a dispositivos e fornecem planos personalizados.
Pesquisadores de universidades federais têm trabalhado em parcerias com startups para desenvolver soluções adaptadas à realidade brasileira, incluindo modelos de IA que consideram fatores como clima, rotina alimentar e histórico clínico dos usuários.
Especialistas apontam que a tecnologia não substitui o trabalho humano, mas amplia a capacidade de diagnóstico e planejamento. “É um apoio científico à intuição do treinador”, resume o fisiologista esportivo André Macedo.
A tendência acompanha um movimento global que posiciona a tecnologia esportiva como um dos segmentos de maior crescimento, com impacto na medicina esportiva, educação física, fisioterapia e até nos esportes escolares.
FONTE: lance.com.br