Mercados globais monitoram decisões de bancos centrais em meio à força do dólar

Economia18 hours ago

Os mercados internacionais iniciam a semana em clima de expectativa, com foco voltado para as decisões de política monetária de cinco importantes bancos centrais: Federal Reserve (EUA), Banco da Inglaterra, Banco do Japão, Banco Nacional da Suíça e Banco da Noruega. Os anúncios estão previstos para os próximos dias e devem influenciar diretamente o comportamento dos juros, das moedas e dos ativos financeiros em escala global.

O pano de fundo dessa expectativa é a força contínua do dólar, que segue valorizado diante de incertezas geopolíticas e sinais de desaceleração econômica mundial. Investidores se mantêm cautelosos, à espera de definições que indiquem o rumo das taxas de juros nas principais economias.

Nos Estados Unidos, a decisão do Federal Reserve será divulgada na quarta-feira (19). Apesar de sinais de queda na inflação, analistas apostam que o Fed manterá a taxa básica de juros no patamar atual, em torno de 5,25% a 5,50%, à espera de dados mais robustos sobre o mercado de trabalho e o comportamento dos preços. Um possível corte nos juros só deve ocorrer no segundo semestre, caso se confirme a tendência de arrefecimento da inflação.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) sinalizou recentemente que a inflação está sob controle e que apenas mais um corte nas taxas deve ocorrer até o fim do ano. Essa postura relativamente “acomodatícia” tem sido interpretada como um passo rumo à estabilização monetária após anos de aperto.

O Banco do Japão, por sua vez, pode apresentar ajustes na taxa negativa de juros, refletindo pressões inflacionárias internas e a necessidade de reequilibrar a política monetária após anos de estímulo agressivo.

A força do dólar neste cenário decorre da combinação entre alta dos juros nos EUA, demanda por ativos seguros em meio às tensões no Oriente Médio e incertezas sobre o crescimento global, especialmente em economias emergentes.

Segundo analistas, o comportamento dos bancos centrais nesta semana pode redefinir expectativas sobre crescimento, inflação e fluxo de capitais nos próximos meses. O Brasil também será afetado indiretamente, já que o câmbio, os investimentos e as políticas monetárias locais costumam responder a mudanças no cenário externo.

FONTE: reuters

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