EUA e China firmam estrutura de entendimento comercial, mas avanço concreto ainda é limitado

Economia6 days ago

Estados Unidos e China anunciaram nesta quarta-feira (11) um novo “framework” para intensificar o diálogo e reduzir tensões comerciais, após anos de disputas tarifárias e medidas unilaterais que impactaram cadeias globais de suprimento. A iniciativa marca um avanço diplomático simbólico, mas ainda não apresenta medidas práticas ou redução imediata de tarifas.

Segundo comunicado conjunto divulgado após reuniões bilaterais em Washington, o acordo estabelece um plano de trabalho com frentes técnicas dedicadas à resolução de disputas comerciais, ampliação da cooperação em setores estratégicos – como semicondutores, energia limpa e minerais críticos – e a criação de canais permanentes de consulta entre autoridades comerciais dos dois países.

Apesar do tom conciliador, o anúncio foi recebido com cautela pelos mercados. Analistas destacam que a estrutura anunciada não inclui compromissos vinculantes ou prazos para reversão das tarifas aplicadas desde a guerra comercial iniciada em 2018. Representantes do setor empresarial afirmam que o documento é um “primeiro passo”, mas que a previsibilidade nas relações econômicas ainda depende de ações concretas.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou que o acordo “não é uma solução definitiva, mas uma retomada necessária de diálogo entre as duas maiores economias do mundo”. Do lado chinês, o ministro do Comércio, Wang Wentao, destacou que a China busca “uma relação comercial estável e mutuamente benéfica”.

O entendimento ocorre em um momento de crescente incerteza global, com desaceleração no comércio internacional, inflação persistente e aumento de medidas protecionistas. Organismos multilaterais, como o FMI e a OMC, têm alertado para o impacto negativo da fragmentação econômica e defendido mais cooperação entre grandes potências.

Especialistas avaliam que, embora tímido, o “framework” sinaliza a disposição dos EUA e da China em evitar novas escaladas e buscar reequilíbrio nas relações comerciais, que somam trilhões de dólares por ano e influenciam mercados em todo o mundo.

FONTE: rertus.com

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